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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Deus perdoa


Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
Salmos 32:1

Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas,E cujos pecados são cobertos. Romanos 4:7



O perdão de Deus é algo sublime, mas muitas vezes não conseguimos entender e por isso aceitar por completo. Mas quero tratar aqui de algumas características do perdão do Pai

Um dos atributos mais essenciais de Deus é a santidade, e sendo Santo Ele é tão puro de olhos, que não pode ver o mal, e a opressão não pode contemplar(Habacuque 1:13) e por esta razão quando o pecou foi separado de Deus (Isaías 59). Mas por causa de outro atributo de Deus, seu amor e sua graça Ele proporcionou um caminho de salvação, um retorno na estrada de morte que vivíamos e assim podemos ir em direção a Deus e conhece-Lo. 
Então o que falta para a humanidade sair do caos e encontrar Deus? Somente ter fé em Jesus, aceitar Sua Graça e seu perdão.
Mas como funciona esse tal perdão de Deus? É igual ao perdão dos homens?

* O perdão de Deus é instantâneo 
Temos que entender que no mesmo momento em que pedimos perdão a Deus sinceramente Ele nos perdoa na mesma hora. Não é 5 minutos depois, no dia seguinte, uma semana depois. É na mesma hora.

* O perdão de Deus é completo
''E os purificarei de toda a iniquidade do seu pecado contra mim; e perdoarei todas as suas iniquidades, com que pecaram e transgrediram contra mim '' Jeremias 33:8
Eu entendo que a maior barreira para entendermos e aceitarmos o perdão de Deus é que comparamos com o perdão humano. Muitas vezes dizemos perdoar alguém, mas na verdade não é completo, perdoamos alguns erros e outros não ou só parte de um erro. Mas Deus não é assim. Quando Ele perdoa é por completo, por inteiro.

*O perdão de Deus é definitivo 
Com isto quero dizer que Deus não volta atrás naquilo que perdoou. 
Também é comum no ''perdão humano'' nós perdoarmos, mas depois ''jogarmos na cara'' aquele erro que falamos que foi perdoado. Com isto na verdade estamos voltando atrás no perdão. Deus porém, não é assim. Quando você se arrepende de verdade e pede perdão, Ele perdoa e não se lembra mais disso. Claro que isto é uma linguagem figurada, Deus conhece o pecado, mas a Palavra está dizendo que não importa mais, pois Deus apagou o teu pecado. Ele declara em Sua Palavra:

Isaías 43:25 'Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro“

''porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.''
Jeremias 31:34


Miqueias 7:18,19 : “Quem, oh Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.”

Este texto de Miqueias em especial é muito interessante, pois chega a dizer que Deus tem prazer na misericórdia. Deus não perdoa porque tem que perdoar, até porque ninguém obriga Ele a nada, mas Ele perdoa porque Ele quer perdoar. Deus anseia, tem vontade, muito desejo de perdoar nossos pecados. 
E uma outra expressão usada pelo profeta e que é bem famosa é a do mar do esquecimento. A ideia de que Deus lança nossos pecados perdoados no fundo do mar, em águas profundas. O fundo do mar que é tão cheio de mistério e onde o homem nunca explorou por completo. Um lugar assim, totalmente inacessível é onde Deus quer jogar todo nosso pecado.


Como receber este perdão de Deus?

*Pedindo perdão
É meio obvio, mas tem de ser dito. Deus nos perdoa quando pedimos perdão. Sendo mais especifico, quando nós confessamos o pecado. Em muitos casos nós somos muito bons para dar desculpas, mas Deus perdoa só pecados confessados, sem desculpas!
Muitas vezes falamos ''Eu pequei porque foi mais forte''; ''Eu estava cansado''; ''Achei que não tinha nada a ver'' E isto tudo são desculpas, são máscaras. Mas confessar é diferente. É realmente e simplesmente dizer ''Pai, eu errei, me perdoa''.

*Perdoando os outros
Este é um conceito já bem conhecido também, porém não é muito querido. Mas não há alternativa. A própria oração do Pai Nosso diz isso:

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
Mateus 6:12


Deus vai nos perdoar conforme nós perdoamos os nossos irmãos
Logo que acaba de ensinar este Oração do Pai Nosso Jesus chama logo a atenção para este assunto do perdão

''Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
Mateus 6:14,15''


Concluo deixando abaixo, para quem quiser ler, uma parte do capitulo ''Perdão'' do livro Cristianismo puro e simples do celebre C.S. Lewis

 ''7. O PERDÃO
Eu disse no capítulo anterior que a castidade era a menos popular das virtudes cristãs. Mas não estou tão certo disso. Acredito que haja uma virtude ainda menos popular, expressa na regra cristã "Amarás a teu próximo como a ti mesmo". Porque, na moral cristã, "amar o próximo" inclui "amar o inimigo", o que nos impinge o
odioso dever de perdoar nossos inimigos. Todos dizem que o perdão é um ideal belíssimo até terem algo a perdoar, como nós tivemos durante a guerra.
Nesse momento, a simples menção do assunto é recebida com bramidos de ódio. Não é que as pessoas julguem essa virtude muito elevada e difícil de praticar: julgam-na, isto sim, odiosa e desprezível. "Essa conversa nos dá nojo", dizem. E metade de vocês já deve estar querendo me perguntar: "E, se você fosse judeu
ou polonês, perdoaria a Gestapo?" Eu também me faço essa pergunta. Faço-a muitas vezes. Do mesmo modo, quando o cristianismo me diz que não posso negar minha religião mesmo que seja para me salvar da morte pela tortura, pergunto-me muitas vezes qual seria minha atitude numa situação dessas. Neste livro, não quero lhe dizer o que eu faria — aliás, o que posso fazer é bem pouco —, mas sim o que é o cristianismo. Não fui eu que o inventei. E ali, bem no meio dele, encontro as palavras: "Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores." Não há a menor insinuação de que exista outra maneira de obtermos o perdão. Está perfeitamente claro que, se não perdoarmos, não seremos perdoados. Não há alternativa. O que podemos fazer? Vai ser difícil de qualquer modo, mas creio que existem duas coisas que podemos fazer para facilitar um pouco as coisas. Quando vamos estudar matemática, não começamos pelo cálculo integral, mas pela simples aritmética. Da mesma maneira, se realmente queremos (e tudo depende dessa vontade real) aprender a perdoar, o melhor talvez seja começar com algo mais fácil que a Gestapo. Você pode começar por perdoar seu marido ou esposa, seus pais ou filhos ou o funcionário público mais próximo por tudo o que fizeram e disseram na semana passada. Isso já vai lhe dar trabalho. Em segundo lugar, você deve tentar entender exatamente o que significa amar o próximo como a si mesmo. Tenho de amá-lo como amo a mim mesmo. Bem, como é exatamente esse amor a mim mesmo? Agora que começo a pensar no assunto, vejo que não nutro exatamente um grande afeto nem tenho especial predileção pela minha pessoa, e nem sempre gosto da minha própria companhia. Aparentemente, portanto, "amar o próximo" não significa "ter grande simpatia por ele" nem "considerá-lo um grande sujeito". Isso já deveria ser evidente, pois não conseguimos gostar de alguém por esforço. Será que eu me considero um bom camarada? Infelizmente, às vezes sim (e esses são, sem dúvida, meus piores momentos), mas não é por esse motivo que amo a mim mesmo. Na verdade, o que acontece é o inverso: não é por considerar-me agradável que amo a mim mesmo; é meu amor próprio que faz com que eu me considere agradável. Analogamente, portanto, amar meus inimigos não é o mesmo que considerá-los boas pessoas. O que não deixa de ser um grande alívio, pois muita gente imagina que perdoar os inimigos significa concluir que eles, no fim das contas, não são tão maus assim, ao passo que é evidente que são. Vamos dar um passo adiante. Nos meus momentos de maior lucidez, vejo que não somente não sou lá um grande sujeito como posso ser uma péssima pessoa. Recuo com horror e repugnância diante de certas coisas que fiz. Logo, isso parece me dar o direito de me sentir horrorizado e repugnado diante dos atos de meus inimigos. Aliás, pensando no assunto, lembro que os primeiros mestres 43
cristãos já diziam que se devem odiar as ações de um homem mau, mas não odiar o próprio homem; ou, como eles diriam, odiar o pecado, mas não o pecador. Por muito tempo julguei essa distinção tola e insignificante: como se pode odiar o que um homem faz e não odiá-lo por isso? Somente anos depois me ocorreu que fora exatamente essa a conduta que eu sempre tivera com uma pessoa em particular: eu mesmo. Por mais que eu abominasse minha covardia, vaidade ou cobiça, continuei amando a mim mesmo. Nunca tive a menor dificuldade para isso. Na verdade, a razão mesma pela qual detestava tais coisas é que amava o homem que as cometia. Por amar a mim mesmo, sentia um profundo pesar por agir assim. Conseqüentemente, o cristianismo não quer ver reduzida a um átomo a aversão que sentimos pela crueldade e pela deslealdade. Devemos odiá-las. Não devemos desdizer nada do que dissemos a esse respeito. Porém, devemos odiá-las da mesma forma que odiámos nossos próprios atos: sentindo pena do homem que as praticou e tendo, na medida do possível, a esperança de que, de alguma forma, em algum tempo e lugar, ele possa ser curado e se tornar novamente um ser humano....
Imagino que alguém dirá: "Bem, se podemos condenar os atos do inimigo, puni-lo e mesmo matá-lo, qual é então a diferença entre a moral cristã e a moral comum?" Toda a diferença do mundo. Lembre-se de que nós, cristãos, acreditamos que o homem vive eternamente. Logo, o que realmente importa são as pequenas marcas
deixadas e as pequenas mudanças feitas na parte central e interior da alma, as quais vão nos tornar, a longo prazo, numa criatura celestial ou infernal. Talvez sejamos obrigados a matar, mas não devemos alimentar o ódio nem gostar de odiar. Podemos punir, se isso for necessário, mas não devemos gostar de punir. Em outras palavras,
os sentimentos de ressentimento e de vingança devem ser simplesmente exterminados de dentro de nós. Bem sei que ninguém tem o poder de decidir que, deste momento em diante, não terá tais sentimentos. As 
coisas não acontecem assim. Quero somente dizer que, toda vez que esses sentimentos levantarem a cabeça, devemos
espancá-la — dia após dia, ano após ano, até o fim da nossa vida. É um trabalho árduo, mas não é impossível tentar executá-lo. Mesmo no momento em que castigamos ou matamos o inimigo, devemos sentir por ele o mesmo que sentimos por nós — devemos desejar que ele não seja mau; devemos ter a esperança de que
algum dia, neste mundo ou em outro, ele venha a curar-se. Falando claramente, devemos desejar o seu bem. E isso que a Bíblia quer dizer com o amor ao próximo: desejar o seu bem, sem ter de sentir afeto nem dizer que ele é gentil quando não é. Admito que isso significa amar pessoas que não têm nada de amáveis. Mas pergunto: será que eu mesmo sou uma pessoa digna de ser amada? Amo a mim mesmo simplesmente porque sou eu mesmo. Deus quer que amemos a todas as criaturas, todos os "eus", da mesma forma e pela mesma razão: apenas, no caso pessoal de cada um, já deu o resultado certo da conta para nos ensinar como é que se soma. Devemos, a partir disso, aplicar
a regra a todas as outras pessoas. Talvez isso se torne mais fácil se lembrarmos que é dessa forma que ele nos ama. Não pelas belas qualidades que julgamos possuir, mas simplesmente porque cada um de nós é um "eu". Pois, na realidade, não existe mais nada em nós que seja digno de amor: nós, que encontramos um prazer tão

grande no ódio que abdicar dele é mais difícil que largar a bebida ou o cigarro..''



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